Nos últimos meses percebemos alguns muros demarcados com com a sigla de facções criminosas em Teresina.
As pichações estão espalhadas em bairros da capital com o objetivo de intimidar rivais e principalmente à população. É o que dizem algumas pessoas que moram em áreas consideradas de risco.
As autoridades de segurança estão recebendo denúncias sobre o fato, porém a atuação das facções criminosas em Teresina ainda não é totalmente confirmada.
Consultamos o experiente delegado Francisco Costa, "O Barêtta", Coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa - DHPP, falou sobre o assunto neste domingo.
Francisco Costa - " O Barêtta " - Coordenador do DHPP
De acordo com "Barêtta":
"É preciso uma investigação específica para saber se existem facções criminosas em Teresina. Eu não nego a atuação de facções criminosas, mas ainda não temos algo concreto sobre isso na capital, pelo menos quando se fala em investigação, para termos uma afirmativa concreta e com dados para apresentarmos à sociedade e darmos uma resposta.
Em uma investigação não buscamos contar fábulas e sim mostrarmos a verdade real. É necessário prudência nesse momento. Crimes graves tem acontecido, porém, se há pessoas envolvidos em facções criminosas o serviço de inteligência da Polícia Civil e investigadores irão ter algo mais concreto".
Ainda para o Coordenador do DHPP, quando se fala em facções criminosas as autoridades de segurança devem saber qual a origem dos grupos, como se organizaram, quem são os líderes e como são planejadas as ações criminosas. Se o Estado não tiver dados a investigação ainda não pode ser confirmada em relação a presença ou não de facções criminosas na capital piauiense.
O aparelho policial do Estado tem que investigar, identificar e prender criminosos e não "alardear" a prática de crimes, ressaltou "Barêtta".